Não está demonstrado de forma alguma, ou seja, nem através de conhecimentos empíricos nem filosóficos, que o bem ou o mal corresponde aquilo que é reconhecido como tal quer individual quer colectivamente.
Nietzsche aponta Sócrates como o “pai” do “Bem”, do “Bom”, do “Belo” e consequentemente acusa o filósofo de ser o responsável pela morte do coro trágico grego da submissão do espírito de Dionísio ao de Apolo, ou seja, a submissão da liberdade de acção à castração das vontades em nome do “Bem”, do “Bom”, do “Belo”.
No entanto nem Sócrates nem Nietzsche são suficientemente competentes para demonstrar de forma inequívoca a sua “Verdade Universal” pois esta pura e simplesmente é impossível de ser demonstrada. A metafísica tem do ponto de vista do Homem um objecto impossível de atingir, que cada vez mais dele se afasta na proporção directa da evolução do seu “saber”.
Para ser possível ir além das palavras, e experimentar aquilo que é a convivência com os pensamentos salutares, será imprescindível que a vontade de cada um possa ter condições de ser expressa de forma livre.
Essa vontade advém daquilo que caracteriza a individualidade de cada ser, que deveria ter a possibilidade de livremente experimentar a vida em conformidade com aquilo que ele é.
As formulas educacionais que a sociedade detém, são aquelas resultantes das tabelas de valores suportadas numa noção de virtude completamente imposta pelos padrões de um devir castrante e mutilante para a vida, fruto da imposição da vontade daqueles que detiveram o poder de construir a vida à imagem e semelhança dos seus interesses pessoais e daquilo que para eles mesmo acreditaram ser a felicidade e bem estar pessoal, que para ser concretizado, necessitaram de que o trabalho que gera a riqueza fosse levado a cabo de forma submissa pelos seus semelhantes.
Para que tal objectivo fosse concretizado, utilizaram todas as armas de intimidação e de medos que estavam ao seu alcance, entre elas e no que se refere à sociedade ocidental, o aproveitamento da figura de Jesus e de Sócrates para assim criarem uma moral baseada na ameaça do castigo e da desgraça que seria inevitável para aqueles que não submetessem a sua vontade à uma formula de virtude por eles criada que era aquela que mais convinha ás suas próprias vontades.
É este o panorama que hoje se nos depara quando observamos a vida. Por este motivo as massas continuam a percorrer insanos os caminhos da sua mente no sentido de encontrar a sua identidade amordaçada pela castração da sua vontade de poder.
O Homem não é um elemento de um coro, é um solista, canta a solo. Todos os Homens são diferentes e a igualdade que a sociedade adopta como um valor é uma mentira descarada.
A igualdade não pode ser entendida como uma fórmula de transformar cada espírito numa coisa que deve ser assim mesmo igual aos outros.
A igualdade deve ser entendida como sendo a fórmula que permite que cada ser se expresse individualmente consoante aquilo que ele é, consoante aquilo que a sua vontade determina, livre e não submisso, aquele que voa e não aquele que rasteja.
O controlo de massas em proveito do bem próprio!
ResponderEliminarExiste desde tempos imemoriais e castra a liberdade de cada um levando ao surgimento de frustações crescentes que se manifestam em toda a ordem de disturbios emocionais, psicológicos, comportamentais, e outros, originando à decadência de cada índividuo que é controlado e que não tem forças ou coragem para ir contra tudo aquilo que lhe corta as asas para expressar ou vivenciar o seu direito inato à liberdade! Fomos ensinados a necessitar da aprovação da sociedade para nos sentirmos aceites e humanos que somos temos um medo castrante de ser regeitados, mesmo que isso tenha o preço de não sermos quem realmente somos.