terça-feira, 25 de maio de 2010

Sustentabilidade

Bom dia Manuela Araújo e presentes.
Sou da opinião, porque o sinto de forma efectiva e em todos os grupos de indivíduos que habitam cada uma das suas esferas de vida particulares, desde aqueles que decidem não contribuir de forma alguma para desenvolver qualquer tipo de actividade social até aos grupos que detém o comando dos vários estratos de poder, social, económico e político, uma característica comum a todos eles: situam-se num patamar inteligente em cuja vontade é guiada por aquilo que são os seus interesses particulares e agem sempre, tendo em mente a finalidade única de que as suas acções sejam traduzidas em resultados que os possam favorecer. Tive a oportunidade de há uns tempos atrás, passar uma tarde a desenvolver uma tarefa que consistiu em receber e encaminhar pessoas sem recursos financeiros que se dirigiam a um centro de solidariedade social, onde lhes são oferecidos vários bens de primeira necessidade, como alimento, vestuário ou medicamentos e confesso que fiquei perplexo ao verificar que em quase todos existem tipologias de condutas morais ditadas pelos mesmos tipos de interesse dos que movem os que detêm o poder. O mesmo verifica nas relações laborais, sociais e mesmo no seio das relações familiares, onde o universo emocional que caracteriza as relações de afecto nas mais das vezes não são suficientes para que o amor expresso na acção completamente desinteressada seja efectivo.
Com isto quero-me referir acerca do meu pessimismo a propósito da possibilidade da sustentabilidade do planeta seja possível de ser obtida num tempo anterior à desintegração das condições que favoreçam a existência da vida, pois somente através da experimentação directa do que isto significa, poderá resultar na mudança de sentido evolutivo na inteligência de cada individuo, não porque pense necessária a preservação da vida para assegurar a continuidade da espécie humana, mas sim porque eles mesmo não podem nessas condições concretizar as vontades de poder individuais.
Como não me parece ser possível que a palavra possa ter um efeito efectivo na evolução dos padrões da inteligência moral e que somente a experimentação empírica das situações que a vida impõe o possa fazer, temo que a derrocada da civilização seja uma inevitabilidade.

4 comentários:

  1. Um fim de semana cheio de boas realidades (e ilusões (boas também) para ti

    Abraço

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  2. Obrigado Analuz! Sabes o que vou fazer agora? Vou à garagem pegar na minha bicicleta e vou para a PRAIA!!! Fixe!
    Um dia em grande para ti.
    Um abraço.

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  3. E EU QUE MORO NO ALGARVE COM A PRIA A CEM METROS DA M/CASA E AINDA NÃO PUS LÁ OS PÉS!!

    ADORO ÁGUA, NADAR E PERDER-ME...

    De Immanuel Kant, conheço mas não aprofundei muito ainda a sua obra. Concordo com as teorias dele mas nem todas! Logo comento contigo, hoje tou estourada. Abraço,

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  4. O Algarve é a paisagem de fundo de muitas memórias felizes. Mas... também me lembro de ser picado por um peixe aranha e das bolas de Berlim deixarem de ter creme e de chover no ultimo dia de férias... mas o aroma da terra em que moras é delicioso. Aproveita!

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