segunda-feira, 10 de maio de 2010

Marcadores somáticos


Sugiro que a mente seja o resultado do conjunto de estímulos provenientes do meio externo e do meio interno do sujeito, cujas imagens seriam são entendidas através da razão e geridas pela inteligência.

Raciocinar seria assim observar e avaliar tudo aquilo que evocamos, ou seja tudo aquilo para onde a nossa atenção é dirigida num determinado momento, ou seja, raciocinar é tomar uma decisão que está suportada nos múltiplos elementos que a nossa capacidade de pensar nos disponibiliza.

António Damásio sugere que esse acto tem uma ajuda preciosa proveniente de automatismos que são independentes da nossa vontade e designados por marcadores somáticos, que excluem logo à partida um conjunto infindável de possibilidades que resultam da conjugação das múltiplas hipóteses de decisão perante um determinado cenário, pois se assim não fosse, o acto de raciocinar seria transformado numa tarefa impossível pois entraria numa espiral alucinante de infinitas hipóteses de opção que o tornavam incapaz de agir com eficácia e em tempo útil perante as circunstancia que se lhe deparam.

Esta questão dos marcadores somáticos parece importante e talvez mereça a nossa atenção. Os neurologistas tenderem a suspeitar que a sua origem se encontraria algures no DNA que geneticamente é transmitido ao individuo. Enquanto tal não é demonstrado, eu sugiro que a sua origem esteja na capacidade inteligente do indivíduo, que por sua vez, não parece estar inscrita no DNA. O que será isto? A Inteligência?

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