sábado, 15 de maio de 2010

Neo-Religião

Remetendo para a vontade de conhecer de cada um dos leitores deste texto, vou atalhar caminho e afirmar que fruto dos estudos levados a cabo nos últimos anos, a neurobiologia está muito perto de concluir que o corpo humano possui em si mesmo todos os atributos (mesmo aqueles que foram durante anos considerados extra corporais ou atributos da alma) que constituem o ser, ou seja, esta assombrosa máquina da vida é una. Para além de potenciar emoções e sentimentos, também potencia a mente, a razão e a consciência de si.

Não adianta tentar negar uma realidade cada vez mais evidente. Parece ser muito mais produtivo e racional para quem estuda a alma, não voltar as costas ao saber que diz respeito aquilo que é a identidade desse próprio processo, ou seja, a vida e a forma como esta se manifesta.

Ao confundir o princípio inteligente individualizado com mente e consciência de si e ao conceder-lhe atributos que não são devidos, como são os casos da emoção e dos sentimentos, entramos num labirinto de equívocos e inverdades que são olhados e com motivo com uma descrença e indiferença crescentes.

Este tipo de atitude, que volta as costas ao exercício pleno das nossas capacidades enquanto Homens, preferindo a isso a crença em que cada um dos teólogos é um eleito a quem vai ser revelado o caminho da salvação, leva a religiosidade para as áreas do misticismo esotérico e não para o caminho da verdade.

O religioso deve ser um Homem da ciência da vida, um Homem que acredita que deve utilizar todas as infinitas potencialidades do seu corpo para evoluir em todos os sentidos do conhecimento e do saber, a começar por aquilo cujos atributos lhe são cognoscíveis para assim poder de uma forma competente especular e avaliar Deus, a liberdade e a imortalidade.

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