Eu vejo a vontade como sendo o princípio da escolha do comportamento. É através da vontade que escolhemos amar.
É a vontade que suporta o amor. O amor é um comportamento inteligente, um exemplo que determina um modelo de autoridade e liderança, que é sinónimo da identificação e satisfação das necessidades dos outros em prol de bem comum.
Diz Vince Lombardi que o sentimento de “gostar ou não de alguém” não é tido em conta no exercício do amor. O amor é lealdade, é o respeito pela dignidade e individualidade.
Julgo que quando Jesus aconselha a amar os inimigos, refere-se à acção e não ao sentimento. O amor é geralmente confundido com sentimentos positivos dedicados a alguém, seja em forma de forte afeição, ligação amigável ou sentimentos provenientes dos impulsos sexuais.
No entanto rata-se de uma acção inteligente, ou seja, uma acção que se eleva acima do universo mental e por isso se situa aquém e além da emoção que gera o sentimento.
Diz James C. Hunter que muito daquilo que é o novo testamento foi escrito em grego, que utiliza várias palavras para descrever vários significados de amor. “Eros” quando se refere ao amor baseado na atracção sexual e desejo ardente, “Storgé” quando se refere ao amor afectivo entre familiares, “Philo” que é fraternidade, ou amor recíproco onde a acção amorosa exige um pagamento levado a cabo na mesma moeda e finalmente “ Ágape” que descreve o amor incondicional, demonstrado em acções comportamentais para com os semelhantes sem que nada seja exigido em troca, uma escolha deliberada.
O amor que está escrito no novo testamento proferido pela boca de Jesus está denominado de “Ágape”.
O amor “ágape” não é aquilo que os sentimentos traduzem internamente mas sim aquilo que ele mesmo faz sob a forma de vontade, ou seja, sob a forma da acção inteligente.
Olá querido, obrigada pelos elogios =)
ResponderEliminarVocê é um exímio escritor :)
Beijos!