segunda-feira, 17 de maio de 2010

O amor é aquilo que o amor é ou aquilo que o amor faz?

Eu vejo a vontade como sendo o princípio da escolha do comportamento. É através da vontade que escolhemos amar.

É a vontade que suporta o amor. O amor é um comportamento inteligente, um exemplo que determina um modelo de autoridade e liderança, que é sinónimo da identificação e satisfação das necessidades dos outros em prol de bem comum.

Diz Vince Lombardi que o sentimento de “gostar ou não de alguém” não é tido em conta no exercício do amor. O amor é lealdade, é o respeito pela dignidade e individualidade.

Julgo que quando Jesus aconselha a amar os inimigos, refere-se à acção e não ao sentimento. O amor é geralmente confundido com sentimentos positivos dedicados a alguém, seja em forma de forte afeição, ligação amigável ou sentimentos provenientes dos impulsos sexuais.

No entanto rata-se de uma acção inteligente, ou seja, uma acção que se eleva acima do universo mental e por isso se situa aquém e além da emoção que gera o sentimento.

Diz James C. Hunter que muito daquilo que é o novo testamento foi escrito em grego, que utiliza várias palavras para descrever vários significados de amor. “Eros” quando se refere ao amor baseado na atracção sexual e desejo ardente, “Storgé” quando se refere ao amor afectivo entre familiares, “Philo” que é fraternidade, ou amor recíproco onde a acção amorosa exige um pagamento levado a cabo na mesma moeda e finalmente “ Ágape” que descreve o amor incondicional, demonstrado em acções comportamentais para com os semelhantes sem que nada seja exigido em troca, uma escolha deliberada.

O amor que está escrito no novo testamento proferido pela boca de Jesus está denominado de “Ágape”.

O amor “ágape” não é aquilo que os sentimentos traduzem internamente mas sim aquilo que ele mesmo faz sob a forma de vontade, ou seja, sob a forma da acção inteligente. 

1 comentário:

  1. Olá querido, obrigada pelos elogios =)
    Você é um exímio escritor :)
    Beijos!

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