quinta-feira, 20 de maio de 2010

O que é a inteligência?

Boa tarde Porfírio, boa tarde Ana Paula.
Interessante tema em conversa. Peço desculpa mas não resisti ao impulso de falar. Pretendia se assim considerar interessante, introduzir a variável "marcadores somáticos". António Damásio propõe que o cérebro humano disporá de mecanismos que permitem que o processo de decisão seja optimizado, para que uns conjuntos de variáveis muito para além do exequível não sejam tidos em conta no processo de decisão, evitando assim o colapso da acção tanto no que se refere à qualidade como ao tempo útil em que esta deve ser tomada.
O que não me parece óbvio é a justificação sugerida acerca da proveniência genética desse potencial inteligente.
Em termos experimentais, a neurobiologia utiliza indutores que provocam respostas sinápticas num indivíduo, ou seja e por exemplo, a emoção pode ser provocada por impulsos controlados por um investigador. No entanto isso parece demonstrar, não só a evidência da natureza biológica dos sentimentos, mas também e isto não é tido em conta pelo que me tem sido dado a observar, a indispensável intervenção de um agente indutor que é responsável pelo desencadear dos processos causais que originam um mapa cerebral a que corresponde um universo mental.
Assim, qual é a coisa, que continua a induzir o cérebro quando o indutor experimental é desligado? Não existe pois a necessidade da existência de um agente que potencia a concretização do real e não terá esse agente de existir para aquém da mente? Se assim fosse, de que forma seria possível às instruções do DNA conterem informações acerca dele?
Não será legitimo suspeitar, atribuindo à palavra inteligência o papel de agente indutor da realidade mental do indivíduo, que a inteligência é a responsável que induz a decisão, a vontade, e por isso a própria vida? Não será ela também a sua utilizadora e a sua administradora?  Etc…

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